Por Thereza Castro
Olhar de esguelha, a essa altura, para o digital é basicamente ignorar essa fluidez, absolutamente necessária, e que soma ao passo que demonstra facilidade em romper barreiras geográficas, econômicas, de tempo, espaço, praticidade e de acesso.
Durante toda a minha vida, os livros foram e são grandes companheiros. Eles me levaram a lugares e pessoas, me mostraram caminhos e me deram o prazer e o privilégio de trabalhar com eles. Sempre que penso sobre livros, surge em mim a inabalável certeza de que eles foram e sempre serão uma grande revolução. Afinal, não é fantástico o fato de eternizar conhecimento através de histórias? E os formatos… Eles ampliam as possibilidades de negócio, oferecem liberdade de escolha, aumentam o alcance. Afinal, quanto mais pessoas lendo, melhor, certo?
E assim deveríamos pensar no livro: sua materialidade está no conteúdo, que deve fluir e caber em diferentes invólucros – no papel impresso, no código que o transforma em texto em variadas telas, na(s) voz(es) que o narra(m) para que o escutemos em diferentes players, e em outros formatos futuros que ainda nem cogitamos.
Olhar de esguelha, a essa altura, para o digital é basicamente ignorar essa fluidez, absolutamente necessária, e que soma ao passo que demonstra facilidade em romper barreiras geográficas, econômicas, de tempo, espaço, praticidade e de acesso. Que fique claro, não se trata de dividir; estamos falando de multiplicar.
Em um mundo onde a mudança é rápida, o tempo escasso e já nascemos super conectados, a conveniência de ter em um único aparelho, como o celular, meios de conversar, se informar e entreter, inclusive ler/ouvir um livro, parece clara, e vem confirmada por pesquisas de 2023, que apontam cerca de 1,2 smartphones por habitante no Brasil[1] e a opção de cinquenta por cento dos leitores do digital pelo consumo de livros no aparelho[2].
E sob esse panorama, dentro da minha atuação, posso dizer que o Skeelo abraça tanto o conceito de fluidez entre os formatos, trabalhando com ebooks, audiobooks e minibooks, quanto se apresenta como meio para quebra de barreiras, sendo um ecossistema de leitura com atuais cinco possibilidades diferentes de negócio, do mais tradicional, como a Loja, ao mais disruptivo, visto que seu modelo principal entrega, através de parceria com grandes empresas, como as de telefonia entre outros segmentos, ao menos um livro digital, com curadoria, mensalmente, como parte do benefício dos planos dos clientes, chegando a praticamente todos que possuem um smartphone no país, mesmo nas regiões mais remotas.
Uma das grandes belezas do digital, na minha perspectiva, e que vivencio todos os dias, é sua plasticidade, que permite uma constante inovação, tanto nos formatos quanto na forma de oferecê-los.
Ler é transformação e liberdade, escolher como, também.
Thereza Castro é coordenadora de conteúdo e produção no Skeelo, além de advogada com foco em direitos autorais, formada pela FMU e pós-graduada pela PUC/SP, com oito anos de atuação. Estudou liderança em inovação na Universidade Hebraica de Jerusalém, um dos maiores polos tecnológicos do mundo. Há cinco anos compartilha seu amor por livros na internet através do bookstagram @vidaoeslivros, você também pode ouvi-la eventualmente no Batendo Prova Podcast.
[1] FGVcia. Uso de TI no Brasil: País tem mais de dois dispositivos digitais por habitante, revela pesquisa. Maio de 2023. Disponível em: https://portal.fgv.br/noticias/uso-ti-brasil-pais-tem-mais-dois-dispositivos-digitais-habitante-revela-pesquisa. Acesso em: 21, fevereiro de 2024;
[2] FGVcia. Uso de TI no Brasil: País tem mais de dois dispositivos digitais por habitante, revela pesquisa. Maio de 2023. Disponível em: https://portal.fgv.br/noticias/uso-ti-brasil-pais-tem-mais-dois-dispositivos-digitais-habitante-revela-pesquisa. Acesso em: 21, fevereiro de 2024;