Como otimizar audiolivros para streaming: guia prático do BASS no OS

Plataformas de streaming, como o Spotify, ainda não possuem aba, modelo de negócios ou funcionalidades específicas para audiolivros no mercado brasileiro (por enquanto, apenas em países de língua inglesa, francesa e alemã). Ainda assim, os streamings são ferramentas importantes de marketing, e disponibilizar conteúdo literário falado nessas plataformas pode ser uma estratégia interessante — especialmente ao fomentar um perfil de artista da editora, no caso do Spotify. Diante desse contexto, surge a necessidade de adaptar os arquivos de áudio para maximizar a monetização e a experiência do ouvinte. Por isso, neste artigo, exploramos o uso do BASS — uma ferramenta integrada ao sistema OS da Bookwire — e mostramos como utilizá-la corretamente para garantir a compatibilidade com plataformas de streaming e evitar perdas de receita ou danos aos metadados da sua obra.

O que é o BASS e para que serve?

O BASS é uma ferramenta de pós-processamento disponível no One Solution (OS), Plataforma de distribuição 360 da Bookwire, que atua na junção de faixas muito curtas e no corte de faixas excessivamente longas. Seu objetivo é garantir que os audiolivros sejam devidamente monetizados em plataformas como Spotify e Deezer, onde o modelo de pagamento é baseado no número de reproduções por faixa.

Por exemplo, audiolivros compostos por poemas curtos podem ser prejudicados caso cada poema seja uma faixa com menos de um minuto. Já em livros infantis, que costumam ter longas pausas ou músicas, o cuidado deve ser redobrado para que o BASS não fragmente trechos de forma indevida. Já faixas e capítulos longos — de 40 ou 50 minutos —, comuns na maior parte dos audiolivros, quando não passam pelo BASS, podem gerar a mesma receita de um conteúdo com apenas três minutos de duração, mesmo sendo ouvidos na íntegra.

Renomeando faixas para streaming

Após o uso do BASS, é possível renomear as faixas diretamente no OS, no cadastro das obras. Isso evita que todas apareçam com o mesmo nome ou com nomes extensos demais nas plataformas, o que pode causar confusão para o ouvinte e impactar negativamente a experiência de navegação.

Metadados para streaming: dicas essenciais

Além da estrutura do áudio, os metadados exercem papel fundamental na performance dos audiolivros no streaming. Aqui estão 7 boas práticas específicas para plataformas como Spotify:

  • Inclua também a editora como artista principal caso deseje ativar um perfil de artista no Spotify.
  • Evite nomes de faixas repetidos ou genéricos como ‘Faixa 1’, ‘Faixa 2’, etc.
  • Mantenha os títulos das faixas curtos, mas informativos.
  • Use palavras-chave nos subtítulos do audiolivro para melhorar a busca.
  • Inclua data de lançamento coerente com a estratégia de visibilidade nas plataformas.
  • Verifique se os créditos de produção estão completos e corretos.
  • Revise sempre os metadados antes da entrega final, pois são difíceis de corrigir após o envio.

Conclusão

O uso estratégico do BASS, aliado à curadoria inteligente dos metadados, pode representar a diferença entre um audiolivro bem posicionado e um conteúdo com baixa performance nas plataformas de streaming. Ao seguir essas boas práticas, é mais fácil proporcionar uma experiência superior ao ouvinte e otimizar a receita. Se você precisa de ajuda para configurar corretamente seus audiolivros no OS ou entender melhor como utilizar o BASS, fale com nosso time através do audio@bookwire.com.br.

Até a próxima!

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