O mercado digital no Brasil é um saco de pancadas.
O setor transformou-se no coringa dos jornalistas quando o tema precisa, como premissa, de um viés negativo.
Com alegria e com certo prazer, confesso, nosso difícil e complexo trabalho de distribuição de livros digitais tem, teimosamente, nos mostrado uma realidade diferente da que lemos nas linhas midiáticas.
E isso nos dois níveis de nossa atuação: contexto próprio da Bookwire e no mercado ampliado.
Mais uma vez, como já fez no ano passado, o E-book Global Report do consultor austríaco Rüdiger Winschenbart, com participação na elaboração do capítulo sobre o Brasil de Carlo Carrenho, mostra um crescimento em volume e faturamento do mercado digital brasileiro de mais de 50% ao ano.
No nosso contexto, os números refletem um ano de 2016 marcante e histórico: 500% de crescimento em número de e-books distribuídos e 280% de crescimento em faturamento. E, mais importante, sobre bases já consolidadas de 2015, não sobre números insignificantes.
O e-book vem se posicionando como um formato complementar ao livro impresso e demais formatos. E vem apresentando ano após ano as maiores taxas de crescimento do mercado editorial local.
Colocando a modéstia um pouco de lado, Bookwire é sim, em parte, culpada desse novo cenário. E é compensador saber que servindo bem às nossas editoras, fazendo nossa lição de casa, trabalhando de forma ética, incessante e criativa, podemos ser responsabilizados de resultados tão alvissareiros.
Rumo a um 2017 que estabeleça um mercado digital de double digit pela primeira vez na história desse país!