por Ricardo Costa
Sem rodeios: sempre queremos vender mais cada título que produzimos. Verdade ou não? Não importa que tipo de livro editamos e produzimos, no final do mês todos precisamos pagar as contas. E nem mesmo uma editora “patrocinada” resiste eternamente sem chegar no azul (pra bom entendedor…).
Já tô “rodeando” demais. Então vamos direto ao ponto: quer vender mais? Você precisa de metadados de qualidade. E o que são metadados? Acredito que precisamos repetir esta definição algumas vezes ainda.
Metadados são todas as informações disponíveis sobre um título e seu conteúdo. Vai desde a mais básica, como ISBN, título, editora e autor, até descrições diversas — maiores, menores, completas, reduzidas — preço, capa, dimensões e peso, book trailer… e por aí segue.
Tá, mas o que isso tem a ver com minhas vendas de livros? Respondo com resultados de duas pesquisas: uma da GfK, em parceria com a MVB, em 2014 na Alemanha.
E outra da Nielsen em 2012, no Reino Unido.
Ambas apontaram que, dependendo da qualidade dos seus metadados, as vendas de um título podem aumentar até 100%! Precisa de mais motivos?
E o ponto chave da pesquisa é: metadados de QUALIDADE. Não basta cada um colocar na “planilha” aquilo que acha importante do seu título. É fundamental que sejam usados padrões. Existem já padrões globais estabelecidos para o mercado do livro: o ONIX, um arquivo XML padronizado pela EDItEUR (associação internacional) é muito utilizado na Europa e Estados Unidos. O BISAC, padrão norte-americano de categorização dos livros; e o Thema, outro padrão de categorização, mais abrangente que o BISAC, também desenvolvido pela EDItEUR, são alguns exemplos.
O mercado brasileiro precisa escolher e estabelecer os seus padrões; e segui-los. É lógico que numa livraria, por maior que ela seja, não cabem todas as categorias de um dos padrões de classificação. Mas se tivermos um padrão de partida, os livros estarão muito mais próximos de estar “no lugar certo” lá dentro da livraria. Mas este é apenas um exemplo para se pensar de maneira mais prática na questão.
Portanto, já está mais do que na hora do mercado colocar as diferenças de lado e trabalhar para que os padrões sejam escolhidos e seguidos. Em meu trabalho na Metabooks, um dos maiores obstáculos iniciais — felizmente isso tem mudado a cada dia — era o famoso dilema do “ovo ou da galinha”. Os canais de vendas esperam que as editoras comecem a fazer, e as editoras esperam que os canais de venda comecem a fazer… e não temos nem ovo, nem galinha! Vamos fazer juntos! Só assim funciona.
Finalizo repetindo a tese de abertura: sempre queremos vender mais cada título que produzimos. Verdade! Então precisamos de metadados de qualidade, com padronização.
Padrão gera qualidade, que gera aumento de vendas. E isso é bom para todas as partes.
Um merchan pra finalizar: a Metabooks está aí no mercado para cumprir esse papel de padronizar, cuidar da qualidade e da segurança dos metadados, e melhorar a eficiência da cadeia do livro no Brasil. Se quiser falar mais sobre metadados, ou para conhecer a Metabooks, entre em contato comigo.
Ricardo Costa já atuou como diretor editorial, de marketing e foi membro de conselho editorial. Por três anos desenvolveu trabalho de consultoria em gestão e planejamento editorial. A partir de 2005 entrou para o time do PublishNews, onde esteve por seis anos. Formado em Análise de Sistemas e com especialização em Publishing, hoje é o CEO da Metabooks Brasil. Antes do mercado editorial, trabalhou com entretenimento e cultura, como gerente de produto na HBO Brasil. Ah!, ele adora cozinhar e curtir séries do Netflix!
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