Este mês vimos o lançamento do audiobook de Torto Arado, da Todavia, livro que dominou a lista de mais vendidos nos últimos tempos. Para ornar com a narrativa, a editora sugeriu a magistral narração de Zezé Motta nessa produção coordenada pela equipe de áudio da Bookwire.
Ouça uma amostra da obra:
Certos atores e autores são, muitas vezes, narradores inestimáveis, agregando uma nova camada de interpretação à obra por conta de sua familiaridade com desenvolvimento de personagens ou com o texto em si. Mas essa escolha não vem sem seus fatores complicadores. É necessário conciliar agenda, manter a cadência das gravações em meio a compromissos e oferecer condições para que as sessões encontrem um ponto de equilíbrio entre a celeridade exigida pela produção de um audiobook e o conforto para que a narração possa ser desenvolvida de acordo com os critérios artísticos elaborados para a obra.
No entanto, esses não devem ser os únicos critérios na seleção de um narrador. Também é importante entender que uma vez que não temos elementos gráficos para criar a ambientação, a seleção de um narrador é o que ditará essa estética. Por quem sua história é contada, de que voz ela precisa? Outro exemplo é a obra Palmares de zumbi, da editora Autêntica. Alexandre Rodrigues, que interpretou o personagem Buscapé no premiado filme Cidade de Deus, traz um narrador de olhar atento à opressão que marginaliza o negro do Brasil, desde o período colonial até os nossos dias. De forma similar, José Falero narra suas próprias obras, Os supridores e Mas em que mundo tu vive?, garantindo que uma voz da periferia de Porto Alegre possa trazer a tona histórias que não seriam possíveis sem seu contexto.
A identificação com a obra, tanto por parte de quem vai ler quanto de quem está envolvido na produção, pode transformar totalmente o resultado para quem, em última instância, busca essa identificação: seu público. Se quiser entender melhor como a Bookwire pode auxiliar a conceber o melhor audiobook para o seu título, entre em contato conosco!