O que é um audiobook, afinal?

Com um horizonte promissor pela frente e números que só fazem crescer, o mercado de audiobooks segue ganhando força. Impulsionado por fatores como o lastro do consumo criado pelos podcasts, possibilidades de “leitura” on-demand e on-the-way, cansaço de tela e evangelistas, como booktokers, em diversos segmentos e plataformas, o produto é hoje o principal tópico de discussão e especulação dentro do mercado editorial.

No entanto, as possibilidades de ramificação dentro do áudio também desempenham um papel complementar nessa escalada. Seja através de adaptações para áudio-dramas, desmembramento de uma obra em várias, adaptação do texto integral em resumos ou ainda narrações sintéticas por IA, para além de diferentes formatos, estamos lidando também com diferentes escopos de produção e modelos de negócio.

No Brasil, apesar de estarmos ainda nos primeiros dias do audiobook em seu ressurgimento pós-streaming, já contamos com uma variedade considerável de produções que exploram essas diferentes facetas.

Pensando nisso, tentamos elencar e explicar de maneira bem suscinta um pouco das diferentes subdivisões dentro do formato: da autonarração ao áudio-drama.

  • Audiobook padrão: geralmente narrado por uma única voz. Diferente de uma audição normal, quando um ator ou atriz é escalado para todos os papéis.
  • Audibook padrão (com mais de uma voz): uma voz para cada ponto de vista. É uma modalidade relativamente comum em histórias de romance e eróticas onde a divisão de capítulos intercala entre os protagonistas.

Vale frisar que nessa modalidade não há interação entre as vozes: cada uma narra capítulos inteiros.

  • TTS (Text-to-Speech): A grande diferença aqui está no fato de que quem narra é uma ou mais vozes sintéticas. No geral, esse tipo de produção é recomendado para um escopo específico de títulos dentro de parâmetros recomendáveis. Além da experimentação, um grande chamariz para esse tipo de produção é o custo, que pode chegar a apenas 20% do custo de uma produção padrão.
  • Audiodrama: Já ouviu falar de radionovela? Pois bem, é algo bem próximo conceitualmente. Conta com várias vozes que interagem entre si, possuem desenho sonoro, trilha e requer uma adaptação do texto para roteiro. Adaptações de peças, quadrinhos, e até roteiros de filmes se utilizam do formato.
    Exemplo: The Dark Is Rising.
  • Audiodocumentário: Séries documentais que podem seguir o estilo de um podcast narrativo (como o Pico dos Marins) ou um formato de reportagem tradicional. Contam com gravações, telefonemas, descrições e outros aparatos específicos relacionados.

Essas são as principais categorias. No entanto, não existem entre elas paredes ou muros, pelo contrário, temos, sim, um espaço grande para experimentação como performances poéticas, desenho sonoro em livros narrados por apenas uma voz, a mistura do TTS numa conversa com uma máquina, estética de documentário em um texto ficcional, e assim por diante. Se quiser saber por onde começar, entre em contato conosco no e-mail audio@bookwire.com.br, compartilhe suas dúvidas e ideias. Ficaremos felizes em ajudá-lo e direcioná-lo ao time certo pra construir o universo sonoro mais criativo para suas obras.

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